“Varejo” é o termo que designa os setores de comércio que vendem diretamente para os consumidores finais, adicionando valor aos produtos comercializados.
No Brasil, as atividades varejistas são de vital importância para a nossa economia, gerando empregos e movimentando dinheiro e arrecadação tributária.
Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre do ano de 2023, as vendas do varejo registraram crescimento de 2,4% comparado ao mesmo período de 2022.
Já o chamado Varejo Restrito, fechou 2022 com uma expansão nominal de 7,7%, movimentando R$ 2,14 trilhões e representando 21,6% do PIB do país.
Podemos afirmar com segurança que a tecnologia tem desempenhado um papel importante para que tais números sejam alcançados. O varejo já aderiu à transformação digital, depois de a ter identificado como uma necessidade do mercado e dos próprios consumidores.
A mudança de comportamento por parte destes, cada vez mais ligados nos seus smartphones conectados à internet, mudou totalmente as regras do jogo.
Aliás, no Brasil, o mundo digital faz parte da vida das pessoas de uma forma ainda mais intensa do que em outros países – nós ficamos em média nove horas online, número acima de países como os EUA! Isso gera um enorme potencial para os negócios varejistas, que deve ser aproveitado.
Por outro lado, o público exige processos e soluções tecnológicas ágeis e robustas para entregar experiências de consumo que realmente atendem a novas necessidades, com mais conveniência, opções de escolha e também personalização.
No post de hoje, voltamos o nosso olhar para o setor de varejo. Vem com a gente!
Formas como o digital está revolucionando o varejo
Gôndola virtual
Imagine fazer as suas compras semanais em uma estação de metrô, numa sala de embarque de um aeroporto ou enquanto espera pelo ônibus? As gôndolas virtuais estão tornando isso em realidade.
Trata-se de painéis que simulam as prateleiras dos supermercados, apresentando imagens e preços de produtos, para que os consumidores comprem em qualquer lugar e hora.
Basta aproximar o visor do celular do item desejado e fazer o pagamento – pronto, as compras serão entregues no endereço escolhido.
A tecnologia permite às superfícies de varejo chegar a locais de grande circulação, que não comportam um supermercado, oferecendo uma grande visibilidade a qualquer marca.
RFID
A RFID (acrônimo para “Radio-Frequency IDentification” ou, em português, “Identificação por Rádio Frequência”) consiste em um método de identificação por meio de sinais de rádio, capaz de armazenar dados.
Esta tecnologia, comum em pedágios com pagamento automático, permite que o consumidor faça as suas compras em um supermercado e, depois, mesmo que tenha centenas de itens no carrinho, faça uma leitura única no caixa, sem precisar escancear item por item.
As tags de RFID se comunicam automaticamente com um leitor eletrônico, que detecta todos os itens e decifra o valor total da compra quase instantaneamente.
Além de oferecer agilidade e rapidez aos clientes, a ferramenta ajuda o supermercado a controlar o estoque em tempo real e a rastrear qualquer produto, evitando perdas e produção desnecessária.
Mas as aplicações desta tecnologia não param aí. Numa loja de roupas, por exemplo, ela pode ser usada para mapear quantas vezes uma peça é experimentada antes de sair da loja, e as peças que os clientes mais experimentam e não levam.
Os resultados obtidos são enviados diretamente para a nuvem e acessados por analistas, que poderão traçar padrões entre o perfil de cada consumidor e os produtos comprados.
Tecnologia Beacon
De modo bem simples, os Beacons são dispositivos de geolocalização para ambientes fechados. Eles permitem que dispositivos como smartphones sejam localizados com uma alta precisão dentro de um estabelecimento.
Para isso, é apenas necessário que o usuário do smartphone tenha realizado o download de um aplicativo da loja e que esteja conectado à internet.
Quais são as aplicações disso? Inúmeras. Com a ferramenta, é possível saber em quais espaços os clientes permanecem mais tempo e por quanto tempo ficam.
Isso ajuda a implementar estratégias de atendimento personalizadas estimulando, por exemplo, a compra de um produto pouco visado. Além disso, o cliente pode receber cupons e promoções vigentes para aquela determinada região onde se encontra.
Com base no registro de hábitos de consumo em um programa de fidelidade, podem também ser oferecidas promoções específicas, de acordo com o perfil de compra.
Inteligência artificial
O uso da inteligência artificial oferece possibilidades ilimitadas ao varejo que têm transformado a forma como compramos. Vejamos alguns exemplos.
A tecnologia permite mostrar uma simples propaganda de um item de interesse nas redes sociais do consumidor, baseado em sua atividade pregressa.
Outra aplicação é a identificação de padrões de consumo e sugestões de recomendações para os próprios vendedores fazerem aos clientes nas lojas físicas.
Em uma loja de roupa, um écran na saída do provador pode indicar outras peças parecidas para o cliente experimentar, tudo com base nas roupas que já experimentou e no seu histórico de consumo.
Quando precisamos entrar em contato com o chat de algum lojista e falamos com robôs, os chamados “chatbots”, estamos entrando em contato com uma aplicação desta tecnologia.
Eles imitam a mente humana nessa troca de mensagens e automatizam a ponte entre os clientes e as empresas, reduzindo os custos e o tempo de espera para o consumidor.
Sensores e câmeras associados à inteligência artificial são capazes de identificar as características físicas das pessoas e estado de humor delas.
Os dados coletados, somados aos perfis de compras dos clientes, podem turbinar o sistema de CRM das empresas, ajudando a implementar ações de marketing mais direcionadas e personalizadas para cada um deles.
E-commerce
A transformação digital aplicada ao e-commerce no setor de varejo tem resultado em uma verdadeira revolução da experiência de compra.
As tecnologias do omnichannel ou unified commerce permitem que o cliente compra na loja online e retire na loja física, diminuindo ou reduzindo drasticamente as fronteiras entre o digital e o real.
Além disso, um catálogo virtual, disponibilizado em forma de um totem dentro das lojas físicas, pode disponibilizar todos os produtos da rede.
Isso permite que o cliente adquira virtualmente os produtos que não estão disponíveis no estoque da loja, reduzindo a necessidade de armazenagem e oferecendo ao cliente uma gama mais vasta de produtos.
É difícil não olhar para todas estas inovações e não concluir que o futuro é agora, que o futuro já chegou. Para os próximos anos, o prognóstico é que a transformações digitais aplicadas ao varejo se democratize e chegue a áreas cada vez mais distantes e insuspeitas – sim, em breve o seu mercadinho de bairro vai adotar as mesmas tecnologias que as grandes cadeias de super e hipermercados.
Mais do que uma questão de estratégia, a tecnologia é uma questão de sobrevivência.
Por hoje, é tudo. Para receber outras dicas práticas voltadas para a vida das empresas, assine a nossa Newsletter e siga nossas redes sociais agora mesmo. Estamos no Facebook, no Instagram e no LinkedIn.