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Dois homens trabalhando na produção de uma indústria. Mas no momento suas máquinas estão paradas, gerando gargalos na produção.

18 de julho de 2023

Saiba como resolver gargalos de produção em uma indústria

A linha de produção é o coração da indústria, a sua razão de ser. Das diversas etapas de um sistema produtivo – compra de matéria-prima, embalagem, estocagem, controle de qualidade, vendas, é a etapa de produção que dá sustentação a todo o processo.

Quando ela funciona bem, os outros setores da empresa, como comercial e o financeiro, tendem a apresentar boa saúde.

Contudo, essa harmonia é ameaçada pelo que chamamos “gargalos de produção”.

Na nossa metáfora inicial, o gargalo seria uma espécie de doença arterial, a condição na qual as veias que levam sangue ao coração se tornam obstruídas, impedindo o funcionamento pleno do órgão e podendo levar ao infarto.

Embora os gargalos sejam extremamente prejudiciais à linha de produção, eles são bastante comuns. A boa notícia é que eles podem ser identificados pelo setor de operações, que pode mapear os sistemas, identificar as causas do problema e buscar soluções.

Neste artigo, explicamos em detalhes o que são os gargalos da indústria, esta verdadeira doença que acomete o setor de produção, e quais os seus tipos e efeitos mais comuns. Mostramos ainda uma boa estratégia de como combatê-la.

Continue a leitura para saber mais!

O que são os gargalos de produção?

Como dissemos, o gargalo é uma espécie de doença que obstrui a capacidade final de produção de um sistema.

Devemos pensar na linha de produção como um sistema harmônico, constituído por diversas etapas, que devem funcionar ao mesmo ritmo.

Tal sistema é formado dois extremos: o da entrada dos recursos que transformados, iniciado pela compra de matérias-primas, os “inputs”; e o outro extremo, que é o da venda dos produtos acabados ao consumidor final, chamado de “output”.

O gargalo é, portanto, o obstáculo que reduz a quantidade de “output” gerado a partir do “input”, ou seja, diminui os produtos disponibilizados ao consumidor final, dentro de um determinado intervalo de tempo. Em suma, os gargalos reduzem os índices de produtividade da fábrica.

É importante esclarecer que, o maior nível de ociosidade ocorre quando o gargalo está mais próximo ao input, ou seja, no início das etapas de produção, pois essa situação é algo que comprometerá as demais fases. Por outro lado, a proximidade ao output também é preocupante.

Ao avançar dentro do sistema produtivo, o gargalo produzirá um aumento dos custos variáveis, ou seja, aqueles que só existem com a produção. Assim, o bem que  foi produzido, houve dispêndio de matéria-prima, ocupação de mão de obra e de outras despesas, mas, por conta no gargalo na saída, o produto pode não chegar como devia ao consumidor final. O resultado, claro, é perda de receitas.

Por exemplo…

Imagine uma indústria que tenha maquinário e pessoal suficientes para produzir 1000 unidades por hora de um determinado produto, que chega ao consumidor final embalado. Agora imagine que o setor de embalagem dessa empresa tem capacidade de embalar apenas 900 unidades por hora.

É fácil perceber que esse setor acaba limitando a produtividade da fábrica.

Se o maquinário continuar produzindo em ritmo pleno, ao fim das oito horas de trabalho de um dia, teremos um excedente de produtos finais não embalados da ordem das 800 unidades; ao fim de uma semana, serão 4000 peças, que deverão ser estocadas, gerando custos, e, dependendo do tipo de produto, poderão até mesmo perecer sem a embalagem adequada. Ou seja, o melhor é que o setor de produção não trabalhe ao seu ritmo máximo.

Do mesmo modo, se o setor de embalagens tivesse capacidade para embalar 1000 unidades por hora, mas a manufatura só tivesse capacidade para 500, teríamos aí outro gargalo, desta vez em um setor diferente.

Isso resultaria em uma ociosidade no setor da etapa seguinte, o que significa capital subutilizado e, consequentemente, aumento dos custos fixos diluído em cada produto que chega ao consumidor final. A concorrência adora isso.

Principais tipos de gargalos

Veja a seguir alguns dos principais tipos de gargalos. Por essa lista, você pode avaliar como está a sua indústria em relação a esses aspectos.

Falta de matéria-prima

Como vimos, se falta matéria-prima, todo o sistema produtivo é afetado. A solução é contar sempre com fornecedores responsáveis e de confiança, que entregam o input de qualidade nos prazos estipulados.

Falta de controle de estoque

A falta de um um insumo pode comprometer toda a produção. A culpa pode não ser dos fornecedores e, sim, de um problema na gestão do estoque.  Esse gargalo ocorre quando não há informações corretas sobre quanto comprar de cada item e com que frequência.

Por isso, os mecanismos de controle de estoque devem andar lado a lado com a gestão da matéria-prima.

Falta de acompanhamento da produção

Uma máquina parada, funcionários ociosos, um descompasso entre as etapas de produção (vide nosso exemplo de início). A produção deve ser monitorada e se isso não acontece surgem os problemas.

Acompanhar a produção significa não só identificar problemas técnicos (uma máquina que precisa de manutenção), mas também motivar o time, estabelecer metas e indicadores de qualidade e premiar os bons desempenhos.

Com esse monitoramento, a empresa não será pega de surpresa e conseguirá tomar decisões para se adiantar em relação aos problemas.

Falhas nos equipamentos

As falhas nos equipamentos constituem um tipo de gargalo específico que pode comprometer toda a produção. As interrupções frequentes devido à quebra ou à necessidade de ajustes, diminuem a produtividade do sistema, ocasionando perda de qualidade no produto final e até mesmo desperdício de insumos.

Falhas na gestão de vendas

Alguns autores não veem o setor de vendas como integrante da produção e, portanto, não falam em gargalos para designar os problemas dessa área. Contudo, se houver alguma restrição à venda dos produtos, não haverá geração de produtos – por mais produtiva que seja a cadeia. Trata-se, a nosso ver, de um gargalo.

Uma solução para os gargalos

Uma das formas mais efetivas de resolver boa parte dos gargalos é automatizar os processos de controle. Quando se trata de indústria, é consenso que quanto mais manual e rudimentar for a rotina, mais desperdícios e erros ela pode gerar. Sendo assim, contar com a ajuda da tecnologia é essencial.

Por exemplo, consideremos os gargalos relacionados a problemas de gestão de estoque. Atualmente, há softwares programados para alertar quando e o que comprar, rastreando toda a cadeia produtiva. Sendo assim, não tem erro: nunca faltará insumos.

Há também programas que ajudam a gerir a manutenção do maquinário, evitando paradas indesejadas devido a máquinas com problemas. Trata-se dos sistemas de gestão ERP (Enterprise Resource Planning).

Eles proporcionam um repositório centralizado de informações sobre o maquinário e os processos nele realizados, integrando diversos setores e garantindo uma maior visibilidade em relação aos custos, às condições dos equipamentos e ao histórico de ações já realizadas.

Além disso, se há um descompassado entre uma ou mais etapas da produção, o software também pode ajudar a identificar isso e a implementar ações corretivas.

A produtividade dos funcionários também pode ser controlada de forma automatizada.

De nada adianta ter uma enorme capacidade de vendas, se o setor produtivo não estiver à altura da demanda. Diga adeus aos controles manuais ou às obsoletas planilhas eletrônicas.

Automatize os processos internos e elimine os sintomas de paralisia causados pelos gargalos. Quer saber mais sobre soluções voltadas para os problemas das indústrias? Entre em contato conosco e teremos prazer em esclarecer suas dúvidas.

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