Ter controle da quantidade de desperdício e aumentar a eficiência são aspectos cruciais para o sucesso e a perenidade de qualquer indústria.
Se a linha de produção é capaz de atender à demanda externa com baixos custos, a sua lucratividade é maior e, consequentemente, aumenta também a capacidade de investimentos, que podem ser revertidos para o próprio crescimento da empresa.
Mas qual o segredo para obter essa combinação tão desejada entre alta eficiência e custos reduzidos? Quais estratégias podem ser usadas para aprimorar linha de produção, de modo a que ela atenda à demanda e, simultaneamente, gere resultados?
Para saber a resposta, continue a leitura. Neste post, reunimos algumas das melhores práticas para uma gestão industrial realmente eficiente, sem esquecer da qualidade. Vem com a gente!
#1 Controle a produção pela demanda
Esta prática encabeça a nossa lista e não é por acaso. Você se lembra, lá das aulas de História, da Crise de 1929, considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX? Pois bem, essa crise é conhecida precisamente como a “crise da superprodução”.
Basicamente, a aceleração da produtividade levou a uma gigantesca crise de excedentes de produtos, em face da ausência de uma revolução paralela do lado da demanda.
Ainda hoje, a superprodução representa um erro desastroso, que afeta muitas indústrias. Se a linha de produção está trabalhando a ritmo muito superior ao que o mercado está se revelando capaz de absorver, é necessário tomar medidas – ou as consequências serão a redução de preços e o acúmulo de estoques.
A primeira tem impacto direto na diminuição das receitas, e a segunda gera custos de armazenagem. Esses são dois cenários podem arruinar a vida financeira da empresa.
Nesse contexto, a chamada “produção puxada”, do inglês “pull system”, é uma estratégia gerencial valiosa. Vamos entender a sua diferença em relação ao “push system”, ou “produção empurrada”.
Na produção empurrada, a fabricação começa antes da ocorrência da demanda pelo produto.
Esse modelo de produção é característico do início da Era Industrial, época em que a qualidade dos produtos não importava muito, uma vez que a demanda era praticamente infinita em um mercado sem competição: a principal preocupação das indústrias era produzir em grande volume.
Já na produção puxada, a premissa é que as operações fabris devem acontecer sem a utilização de estoque – ou seja, nesse modelo, a demanda gerada pelo cliente é o “start”, o gatilho da produção.
Assim, o real consumo é que determina a quantidade produzida, gerando um sistema com nível mínimo de inventário.
A adoção desse modelo reconhece que a qualidade passou a determinar a intenção de compra de um produto e a demanda deixou de ser infinita. A vantagem dessa linha produtiva em ordem reversa é a redução dos excessos e a potencialização dos resultados.
Portanto, uma boa prática de gestão da linha de produção é adotar o modelo da produção puxada, baseada em constantes análises realistas do mercado e das tendências de consumo.
#2 Zere o desperdício
Esta pode parecer ser uma meta utópica, mas por mais difícil que seja, eliminar o desperdício por completo deve ser uma preocupação de qualquer indústria.
Na prática, queremos dizer que os gestores devem buscar constantemente implementar formas de reduzir os excessos, os quais impactam negativamente nos valores gerados pela linha de produção.
Geralmente, os desperdícios são classificados em oito categorias. Vejamos:
- Desperdício de material em espera: ocorre devido à ausência de capacidade da linha de produção;
- Desperdício de transporte: ocorre por exemplo, devido a movimentação desnecessária/não programada ou avarias;
- Desperdício de processamento: ocorre devido a operações adicionais desnecessárias durante a produção;
- Desperdício em movimentação nas operações: ocorre devido a execução das operações de forma desorientada;
- Perdas pela produção de produtos defeituosos: ocorre quando um produto não é aprovado nos padrões de qualidade e precisa ser descartado ao fim da linha de produção;
- Perdas de estoque: ocorre devido a um desequilíbrio entre produção e demanda;
- Desperdício de tempo, de conhecimentos e de habilidades dos empregados – ocorre, por exemplo, devido à ausência de uma boa gestão de recursos humanos e à falta de treinamentos adequados.
- Perda por superprodução: ocorre também devido a um desequilíbrio entre produção e demanda.
De modo a eliminar essas formas de desperdício, o primeiro passo é, sem dúvida, fazer um mapeamento dos processos para identificar onde estão ocorrendo as falhas e, a partir daí, adotar as ações corretivas.
Por exemplo, se o desperdício ocorre na alocação de habilidades dos empregados, a empresa deve repensar a sua gestão de recursos humanos.
Quando ela não aproveita os talentos ou coloca um profissional qualificado para exercer uma função aquém das habilidades que ele possui, na prática, ela está subutilizando os recursos de que dispõe. Partilhar objetivos e metas bem definidos é importante, mas não menos que isso é reconhecer os talentos, premiar as equipes mais produtivas e motivar constantemente o seu time.
#3 Negocie com fornecedores de confiança
Já vimos que a qualidade importa e é decisiva no processo de compra. Sendo assim, a qualidade das matérias-primas utilizadas na linha de produção é essencial para os resultados finais do negócio.
De fato, se os insumos utilizados são de baixa qualidade, as chances é que os produtos finais gerados a partir deles também serão. Para além disso, há também os prazos. Atrasos na entrega de insumos podem gerar pausas da produção e, consequente, prejuízos.
Esses aspectos não devem, de forma alguma, ser negligenciado. O ideal é contar com fornecedores confiáveis e pontuais, com os quais é possível negociar preços atrativos e sustentáveis, garantindo um equilíbrio saudável entre custos e qualidade.
Tenha em mente que na indústria, escolher bons parceiros de negócios é um bom caminho andado para o sucesso da linha de produção.
#4 Aposte na tecnologia
Não podemos nos esquecer de que a primeira Revolução Industrial só aconteceu graças à tecnologia, mais precisamente ao surgimento da máquina a vapor. Nos dias de hoje, as transformações tecnológicas continuam acontecendo e cabe às empresas se atualizarem constantemente para não ficarem para trás.
De fato, a tecnologia é uma das grandes aliadas das indústrias. Não nos referimos apenas ao maquinário usado da linha de produção, mas também a programas adequados, que ajudem a aprimorar os processos de gestão.
Os softwares de gestão integrada (ERP), por exemplo, são formas inteligentes de administrar a capacidade produtiva das indústrias, identificar falhas e maximizar os lucros.
Quer saber mais sobre esses programas? Entre em contato conosco e teremos prazer em lhe apresentar as nossas soluções especificamente voltadas para a linha de produção.
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