Conforme escrevemos em um artigo recente publicado aqui no blog, “a administração do futuro será digital ou simplesmente não existirá”. Este bem pode parecer um prognóstico exagerado ou sensacionalista, mas realmente não é o caso.
Um exemplo claro da veracidade dessa afirmação está acontecendo no setor do agronegócio.
No Brasil, tal setor movimenta em torno de R$ 100 bilhões por ano, o que corresponde a cerca de 25% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB).
Embora seja essencial para a nossa economia, durante muito tempo a administração desses negócios, cuja modernização era vista como algo secundário, foi conduzida de forma intuitiva e rudimentar. Mas, de fato, lá se foi o tempo em que era assim.
Cada vez mais o setor está se atualizando e se adequando para se integrar à transformação digital, notadamente com o uso de ferramentas aplicadas na gestão da propriedade e dos negócios.
De forma resumida, podemos dizer que a transformação digital envolve de uma reestruturação nos processos internos de uma organização modo a incorporar os benefícios da cultura digital, com o objetivo de melhorar algum aspecto antes executado de forma analógica.
No caso do agronegócio, isso se dá como forma de manter a competitividade e aumentar a produção, gerando mais resultados – ou seja, trata-se de uma importante estratégia para garantir a perenidade dos negócios e o simultâneo atendimento às necessidades da população mundial – as projeções de aumento do consumo de alimentos é da ordem dos 35% até 2030.
Mas o que exatamente falamos quando nos referimos ao uso da tecnologia na gestão rural? Que exemplos concretos e bem-sucedidos existem da fusão entre esses dois universos? É o que apresentamos no post de hoje. Então, continue a leitura para saber mais.
Enterprise Resource Planning (ERP)
Imagine gerir uma fazenda com milhares de hectares, inúmeras frentes de produção, da soja ao leite, e um sem número de funcionários. Complexo, certo? A tecnologia ajuda.
O ERP ou, em português, sistema de gestão integrado é uma tecnologia que auxilia o gestor a melhorar os processos internos e a integrar as atividades de diferentes setores, como produção, finanças e recursos humanos.
Por ser dividido em módulos específicos para cada setor e suas tarefas, o sistema garante ao gestor controle operacional de todas as atividades agrícolas.
Com a centralização das rotinas e informações em uma plataforma única, o fluxo de dados é substancialmente facilitado e pode ser facilmente compartilhado com os demais setores. Ao mesmo tempo, essa solução elimina erros e diminui a duplicidade de informações.
Rastreabilidade no campo
A rastreabilidade envolve a identificação de cada estágio da cadeia produtiva do agronegócio. Saber a origem de cada produto, seja de uma peça de carne ou de uma saca de soja, é importante para fazer frente às barreiras fitossanitárias impostas, por exemplo, pelo comércio internacional. É aí que entra a tecnologia.
O QR Code, o código de barras bidimensional que pode ser facilmente escaneado e convertido em uma informação específica, permite que um supermercado que venda uvas brasileiras saiba a procedência exata do lote comercializado.
A adoção dessa ferramenta facilita a certificação conferida a um determinado produtor. Por exemplo, com a rastreabilidade, pode-se identificar de forma rápida se uma peça de carne exportada para a Europa foi transportada segundo as condições adequadas e exigidas.
O ganho está, fundamentalmente, na conquista de credibilidade por parte dos produtores e na consequente conquista de novos mercados.
Aplicativos específicos para o agronegócio
Cada vez aparecem mais aplicativos para pequenos, médios e grandes produtores, voltados especificamente para a gestão do agronegócio.
Eles permitem realizar a cotação de insumos, fazem previsão do clima, identificam doenças, ajudam a definir o uso de defensivos, irrigação, auxiliam na interpretação do código florestal e até na comercialização.
Com esses dados, os gestores podem fazer um melhor planejamento dos negócios. Além disso, os custos também ficam reduzidos, e o lucro tende a ser maior.
Recursos de mobilidade e geolocalização
Os recursos de mobilidade e de geolocalização são aliados no combate a pragas e na organização dos processos de irrigação. Segundo um estudo da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), 61% dos produtores rurais já usam smartphones e aplicativos na gestão dos negócios.
Com um simples apetrecho desses, um funcionário pode localizar uma planta doente na lavoura, fotografá-la, fazer anotações por escrito ou gravar um áudio com observações e enviar todos esses dados para um sistema central para que uma equipe planeje e proceda, então, às ações de combate.
A pulverização de agrotóxicos e defensivos agrícolas é outro aspecto que pode receber uma mãozinha da tecnologia.
Com a adesão a sistemas informatizados, o produtor pode planejar cada aplicação; se ocorrer alguma intempérie climática, ou seja, se o tempo mudar, o sistema faz o alerta e imediatamente desloca os trabalhos para outra área, de forma a otimizar o tempo e os recursos dispendidos.
Além disso tudo, o produtor rural conta com a ajuda de tratores equipados com GPS, equipamentos conectados entre si pela Internet das Coisas (IoT) e drones com sensores multiespectrais. Todas essas tecnologias garantem um maior monitoramento das safras e, portanto, mais produtividade.
É caso para dizer que o agronegócio do futuro chegou. E a sua lavoura, vai ficar de fora dessa revolução? Se você tem alguma dúvida sobre as soluções aqui descritas, entre em contato conosco agora mesmo e conheça também as soluções personalizadas que a You Senior oferece para o agronegócio.
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